a última vez
4 de outubro de 2021Na mesma noite e na mesma chuva e na mesma Hidra de Saint-Saëns e barroco a verter pelas paredes, inebriado na multidão, nas escadas, mármore, soalho em madeira, a subir em frente e o olhar lá para longe e para o fundo e para, nada. Nem lá, na sala verde, no foyer ou durante o concerto, sem nem te conseguir roubar um único olhar religioso repetindo os mesmos passos da última vez. Sem ti, no fim, sem mais, enfim, não vale para ser assim, que se deslaça quando a agulha se levanta e me leva este sonho.