Por um momento,
18 de julho de 2020Não te conheço. Aconteceu súbito e não estava mais lá, olhar distante a rematar a mentira e ar que se expeliu, desperdiçado, sem significado à vista deste lado do oceano.
Não te conheço. Mal te vi, intrincada fantasia imaginada numa ausência de forma, num “e se”, a estropiar o que não quer nada mais que voltar aos seus velhos hábitos.
Não te conheço. Nem nas palavras te encontro, entender que se vê em falta ou mistério tal que não se coaduna com a realidade que venho carregando aos ombros.
Não te conheço. Ainda que o contrário se afirme, tão para além de mim que não sei por onde encetar o desembaraço, que tanto me vejo pensando, talvez não seja meu o papel.