Como Destruir a Razão

9 de agosto de 2010

Uma luz pisca, intermitente, no meu dormir, como se por mim chamasse, como se quisesse a minha atenção, insuportável, e pior a cada dia que passa, a cada hora, a cada minuto, a loucura bate à porta e não passo sem a abrir, porque não posso ou porque não quero, quando ela se encontra assim.

Começou a chover, de repente, num mundo muito para além de banais descrições, Estás a olhar para onde, Estás a fazer o quê, A luz continua a piscar, persegue-me, até neste lugar, O que é que te aconteceu, Estás bem, Ando por andar, numa ponte que me leva a sei lá onde, atravesso-a apenas para encontrar um sítio igual, mas neste lado já não é de dia e a chuva já não se sente, será simetria, Há tanta coisa para ver, Há tanta coisa para fazer, Estava a pensar que nunca mais chegavas…

Onde me levas, loucura?