(sem título)
30 de agosto de 2022Tu não és quem pensas ser. A megalomania que às vezes bate é só isso, uma fantasia desbravada que existe pela tua necessidade de te justificar. Não és especial nem mais que ninguém, e as coisas a que te apegas tanto não fazem de ti diferente de alguma forma. Todas as variações já foram jogadas e usadas e descartadas por alguém. Tu és, tu. Para o bem e para o mal. Porque aquilo que bate em outros dias também não é real. Tens valor em ti. Não foste a primeira a fazer merda, a escolher as palavras erradas a dizer, a forma errada de agir, a pessoa errada para amar, a não perceber o que realmente importa até ser demasiado tarde e a sentires-te uma merda de um lado ao outro do Sol por isso ou outra coisa qualquer. És só tu, como tantas outras à tua maneira sem mais e sem menos. Há valor nisso.
Eu sei. Sei que olhas para trás, e que ainda lá estás quando olhas porque não tens como mudar. Não é consolo, mas é uma parte de ti. Só mais pequena quando vês o tempo passar. É tua para saber o que fazer dela.
Agora, anda, não fiques aí.