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1 de junho de 2014

Pensei que te tinha perdido. Faz tanto tempo, e pensei mesmo que te tinha perdido. É imensurável o vazio que não se vê mas que se sente, que manifesta à mínima ocasião. Um porquê, um sei lá ou um pensamento que se arrasta demais numa amálgama de pretextos que ambos sabemos fingidos. Aquilo que foge de quem lhe tenta chegar. Que se esconde nos locais mais inoportunos. Que rói. Que nunca pára de roer.

Agora que te encontrei – ou que simplesmente te deixaste encontrar – o que é que vai acontecer? O que é que vais mudar? Serão demais as esperanças para tão pungente realidade? Será que interessa? Ainda assim, afaga-me a mente essas minhas divagações; talvez o interesse esteja exactamente na sua ausência. Elas são não mais do que são. Talvez isso baste.